quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Na ponta dos meus pés

Nos ultimos dias eu tenho andado um tanto nostálgica.
Isso é algo comum entre as pessoas da minha idade, em especial nessa época do ano. O problema é quando a nostalgia está relacionada a coisas que eu não vivi e á pessoas que eu não conheci.

Olho para atrás, olho ao meu redor e penso ; “O que foi que eu fiz?!”. Então eu vejo que talvez eu tenha feito todas as escolhas erradas, por mais que para outros essas escolhas pareçam ser as melhores. Não que eu me sinta infeliz agora, nada disso, é apenas nostalgia.

Mas se eu tivesse estudo menos? E se eu tivesse me preocupado menos? E se eu tivesse dado o devido valor as pessoas a minha volta?
E se eu tivesse tirado aquele fim de semana que eu passei relendo um livro antigo para viajar com meus amigos? E se eu tivesse dançado por mais tempo?
E se eu apenas tivesse aproveitado mais a vida?

Talvez eu ainda tenha tempo, talvez se eu ignorar todas as regras idiotas dessa sociedade idiota, eu ainda tenha tempo, eu tenho todo tempo do mundo!

Sou tomada por uma vontade louca de viver, de me sentir viva! Em deixar tudo para trás e dizer “que se dane” para o mundo e fazer tudo aquilo que eu sempre quis.
Por que não? Se eu quiser eu posso matar aula de matemática para me trancar em um estúdio de ballet. Isso está em minhas mãos, ou então, na posta de meus pés.

Se eu quiser, eu posso pegar uma mochila e sair por aí.

Ainda há tempo.
Está tudo na ponta dos meus pés.